16 de janeiro de 2011

A musa brejeira do rei

Cantora que encantou Roberto Carlos, a mineira Paula Fernandes aproveita a fama e vira revelação do "pop rural' com hits em novelas

               Paula na casa do músico e amigo Marcus Viana em Nova Lima( MG)

que "namoraria, sim," o Rei. No momento, ela afirma estar solteira. Mesmo assim, os comentários de que os dois estariam juntos não a incomodam."É uma honra, né? Ele é muito digno, talentoso. Quantas pessoas não gostariam de estar no meu lugar?"

A cantora conheceu Roberto Carlos em março do ano passado, quando participou do show "Emoções Sertanejas", em que representantes do ramo cantavam músicas do Rei. "Os próprios artistas me indicaram para participar", diz. Ela é empresariada pela agência que pertence ao cantor Leonardo.

 

"O primeiro contato [com Roberto Carlos] foi fantástico. Ele me disse: "Conheço muitos artistas de talento, mas talento e personalidade iguais aos seus, faz tempo que não vejo'", conta Paula. Meses depois, ela recebeu um convite do cantor para participar de um dos shows que fez em comemoração do centenário do Corinthians, em São Paulo.

 

A casa em um condomínio fechado com vista para montanhas onde Paula recebe a repórter Lígia Mesquita fica em Nova Lima, cidade vizinha a Belo Horizonte. Apesar de ter espalhadas coisas suas pelos cômodos e maquiagens no banheiro, o imóvel não é dela, e sim do músico e produtor Marcus Viana.
                                                                             

Viana é mais um dos padrinhos da carreira da moça, que começou a cantar aos dez anos. Paula ganhou um concurso mirim em Sete Lagoas e passou a fazer shows em rodeios e cidades do interior. Durante um tempo, ela se apresentou com o nome Ana Raio, em homenagem à personagem da novela "Ana Raio e Zé Trovão". O folhetim teve trilha assinada por Viana, que trabalha com o diretor Jayme Monjardim e também cuidou das canções de "Pantanal", "O Clone" e "Viver a Vida", entre outras.

 

"Vi a Paula cantando e tocando violão muito bem em um programa de uma TV aqui de Minas e entrei em contato com ela. Nunca fui fã do gênero "country", sertanejo, mas ela tem uma voz impressionante e pode fazer o que quiser", diz Viana. "Se botar ela pra cantar uma ópera, ela vai cantar." Ele foi o responsável por incluir nas novelas "América" e "Páginas da Vida" canções de Paula. No ano passado, ela gravou a música "Quando a Chuva Passar" para a abertura da trama "Escrito nas Estrelas".

                                                                               

A Cantora conta que as duplas sertanejas, predominantemente masculinas, a receberam de braços abertos. "Eles sabem que eu não sou um produto fabricado, conhecem minha batalha. Porque, de repente, muita gente pode achar que eu surgi no dia 25 de dezembro."

 

Entre os sertanejos, Paula tem uma amizade grande com Victor & Leo. Com o primeiro, chegou a namorar, mas desconversa. "Ah, abafa o caso. Vamos falar de outras coisa." "Nós compusemos juntos uma canção. E, pra mim, uma das maiores formas de amor é compor uma música junto."

 

Paula, que se define uma mulher à moda antiga, afirma que não é de ficar e nunca teve relacionamentos curtíssimos. "Não sei o que é isso. Tive dois namoros longos e só. Meu primeiro namoro foi aos 19 anos." Faz segredo sobre o segundo: "Não posso citar". Hoje afirma estar sem tempo para um relacionamento. "Só trabalho."
                                                                              

Filha de uma família de agricultores, a mineira cresceu no campo vendo a mãe fazer queijo e o pai cuidar dos animais e das plantações. "Foram tantas portas fechadas que cheguei a desistir da carreira. Fui fazer curso de computação, digitação. Prestei vestibular para letras, mas não passei. Depois, entrei em geografia." Cursou só um semestre. Para se manter, cantava em bares.

 

Hoje ela mora com a mãe e o irmão em um apartamento que comprou em BH e tem uma "Pajerinho [jipe Pajero]". Em 2011, o cachê de seus shows praticamente dobrou, segundo um produtor. Pulou de R$ 25 mil para algo entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. No fim do mês, ela lança seu primeiro DVD.

 

Uma das coisas que Paula conseguiu melhorar com o dinheiro foi o figurino dos shows. "No começo, não tinha grana pra comprar "corsets", que eu adoro. Aí dava um jeito e usava um cintinho com vestido, pra deixar a cintura marcada. Não sou o biotipo do mulherão, gosto de uma cinturinha marcada."

                                                                               

Durante o encontro com a Folha, ela vai algumas vezes ao banheiro arrumar os cabelos e retocar a maquiagem. Sua assistente a ajuda a passar spray e a prender uma faixa com flor na cabeça. Em um determinado momento da sessão de fotos, interrompe a fotógrafa. "Gente, tem algum creme aí? Marquinhos, você tem um hidratante? Me arranja um para eu passar aqui na minha perna onde tem uns pelinhos."

 

Vaidosa assumida, diz que elogios à sua beleza "são bem-vindos". "Muita gente pode comprar o livro pela capa, mas o meu vão comprar pela música. A casquinha um dia envelhece. A música, não", diz a nova musa. "É uma honra, né? Ele é muito digno. Quantas pessoas não gostariam de estar no meu lugar?"

Um comentário:

  1. Paula q emoçao saber q vc ta crescendo e se destacando no brasil falta muito pouco pra vc estourar pelo mundo a fora................p@r@bens

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