O incidente com o avião da cantora Paula Fernandes e sua  equipe de produção que tiveram um susto na quinta-feira (22) à noite,  quando encontraram uma vaca na pista do aeródromo Brigadeiro Firmino  Ayres, ao posarem com o seu learjet, deverá ser investigado pelo Centro  de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O fato  foi comunicado pelo piloto da aeronave, que denunciou tudo ao órgão no  mesmo dia.
Na sexta-feira pela manhã, horas depois do incidente, quando Paula e  sua equipe se preparava para retornar de show de Caicó-RN, o piloto  informou o fato aos policais que faziam a segurança do dia. 
Antes de retornar, os polciais e membros da equipe de Paula fizeram  uma verdadeira varredura no aeródromo a fim de garantir a segurança da  decolagem do avião. Desta vez, nenhum animal foi encontrado.
A presença da vaca na cabeceira da pista impediu o pouso imediato do  jatinho onde o grupo viajava. O objetivo da cantora e sua equipe era  desembarcar em Patos e seguir o trajeto via terrestre até Caicó, no Rio  Grande do Norte, onde a cantora se apresentou horas mais tarde. A vaca  acabou um susto tremendo em todos.
O piloto alertou os policiais para o risco que o animal estava  causando e relatou a tensão e o medo na hora do pouso temendo acontecer  uma tragédia. 
O piloto teria dito que um avião do porte LearJet não pode ser  comparado a um avião comum, até mesmo pela velocidade que ele  desenvolve. O piloto disse que por sorte o animal não correu para o meio da pista, o que teria sido trágico, já que a escuridão toma de conta do local.
Todo o incidente foi relatado pelo piloto ao Cenipa e ele teria  pedido providências por parte do órgão que é uma Organização Militar do  Comando da Aeronáutica - COMAER, diretamente subordinado ao Comandante  da Aeronáutica, sendo responsável pelas atividades de investigação e  prevenção de acidentes aeronáuticos ocorridos em território nacional.
O piloto nao informou, porém, que tipo de providências teria pedido  ao Centro. Os serviços de manutenção do aeródromo são de  responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER) e é vigiado por dois policiais militares a cada plantão. 
Os chefes do DER Patos e do comando do 3º Batalhão de Policia Militar não assumiram as responsabilidades. 
O chefe residente do DER em Patos, Madiel Conserva, o problema foi  solucionado na mesma hora, mas que o problema foi uma falha dos  policiais da Polícia Militar responsáveis pela segurança do aeródromo. 
Segundo ele, devido ao risco de acidente, o jatinho precisou dar  voltas na região enquanto o animal era retirado da pista. "Quando as  lâmpadas de balizamento foram ligadas para o avião pousar, o piloto  percebeu que a vaca estava perto da pista, mas deu tempo de ele dar uma  volta. O pouso foi tranquilo. Depois os policiais fizeram uma vistoria", afirmou.
Segundo Madiel, este teria sido o primeiro inconveniente ocorrido no  aeródromo. Ele acredita que o animal tenha entrado durante um descuido  de algum dos policiais de plantão. "Depois das 18h a cancela do  aeroporto tem um movimento muito grande de carros que vão buscar  malotes. Devem ter deixado a porteira aberta por cinco minutos ou dez  minutos e o animal entrou", comentou.
O funcionário do DER tratou o episódio como um 'caso isolado' e disse que tirou uma lição positiva para providenciar, junto ao 3º Batalhão da Polícia Militar de Patos, algum dispositivo que mantenha a cancela  sempre fechada.
Já o comandante do 3º BPM, coronel José Almeida Rosas, disse que a  responsabilidade não é da PM. "Nossos policiais não são obrigados a sair correndo atrás de vaca. Fazemos a segurança do local. Isso deve ficar a cargo do órgão competente", ressaltou.
Ele tratou com o caso como ocasional, mas eximiu os policiais de  qualquer culpa. "Quando um avião vai posar, destinamos uma viatura para  fazer a segurança necessária e averiguar a segurança para o pouso, mas  não corremos atrás de animais", disse.
O coronel disse que o efetivo colocado no aeródromo é de dois homens e não tem condições de fazer este trabalho. Ele criticou a falta de  estrutura, a exemplo do mato alto. Ele disse que vai conversar com DER  para ver como melhorar os cuidados necessários para o pouso das  aeronaves para que fatos semelhantes não aconteçam.
 

 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário