25 de maio de 2012

Paula Fernandes: uma mulher cheia de encantos



Supermaquiada e muito bem produzida, com cílios postiços enormes e usando um casaquinho branco que valorizava ainda mais a cintura fina, Paula Fernandes lançou, linda, na última terça-feira, 22, no Credicard Hall, em São Paulo, seu sétimo CD, Meus Encantos. Além de nome sugestivo, o álbum tem a intenção de apresentar uma Paula mais ousada e sensual. E consegue.
Depois de testar a paciência de repórteres e fotógrafos de todo o país, com um atraso de quase uma hora, enfim, a musa apareceu. Muito simpática, pareceu nem ter reparado no atraso para o encontro. Aliás, ela jurou, até, que não teria acontecido. E quando não conseguiu mais negar o fato, a bonitona soltou:
– Atraso, que atraso? Eu tô atrasada, gente? Vai ver é porque eu estava terminando de enrolar meu último cachinho – disse, fazendo cara de inocente e amolecendo o coração dos homens presentes, e que não eram poucos. Enfim... quem teria coragem para reclamar à estrela da tarde – tão delicada e elegante?
A animação da cantora com o novo álbum era tamanha que, durante as respostas, Paulinha se enrolava um pouco, perdendo a linha de raciocínio em alguns momentos.

Cheia de sabedoria
Mas também parecia ter algumas cartas na manga. Dependendo do tema, soltava algumas frases. Para falar sobre inspiração, a palavra era intuição. Sobre sensualidade, ela fazia questão de frisar que era uma representante da mulher brasileira. Sobre o CD, aquele era o momento.
No final, revelou que ama a terra do jeito que ela é e que, recentemente, comprou uma chácara, que até agora só tem dois cachorros. Até agora, porque ela pretende colocar muitos bichos lá dentro.

Parceria
Paula falou sobre suas parcerias no disco. Com Zezé Di Camargo a coisa não vem de agora. O sertanejo compôs com a morena Mineirinha Ferveu, uma música mais assanhada, que fala do corpão violão da cantora.
– Zezé sempre falava que queria fazer uma música que brincasse com isso, com a cintura fina... – contou.
Espertinho ele, não?! Só faltou ele pedir para protagonizar o clipe junto com ela, o que sabemos que não aconteceu. Sobre Victor Chaves – que já teria namorado a bela, os dois negam – Paula não se aprofundou muito. Já falando de Zé Ramalho, a cantora se derreteu toda e disse que ele é um cavalheiro. Isso que é ter queda por homens mais velhos. A mocinha ficou toda serelepe ao cantar com o Rei Roberto Carlos, lembram?
Vale comentar que estão no disco as versões em português de seus duetos internacionais
com Juanes, em Hoy me Voy, e Taylor Swift, em Long Live.



Sensual
Ela contou que não fez o trabalho para vendê-lo e, sim, porque achou bacana. A ideia das fotos ousadas e com barriga de fora foram dela – embora não goste de mostrar aquela parte do corpo – e não tiveram um fim comercial. O figurino – assunto delicado – é escolhido por ela e depende do momento. Para Paula, a roupa não torna uma pessoa mais sensual ou vulgar.
Mas bem que pode torná-la mais brega ou chique, né?!
Sobre seus famosos corseletes, ela disse que usa quando está a fim. Mas que sempre gostou de marcar a cintura e é um pouco neurótica com isso. Jura?

Príncipe encantado
Paula Fernandes confessou, de cara limpa, que tem o dedo podre para homens. Quando perguntaram se ela estava atrás de um príncipe encantado, a cantora respondeu que não está à procura, pois, se for procurar, vai acabar encontrando a pessoa errada.
Foi ela quem disse, gente!
E aí vai um alerta: Paulinha revelou que não acha nada criativo ficarem inventado três namorados pra ela por semana. Então, parem de fofoquinhas, hein?!
E para quem quiser se candidatar ao cargo, a moça tem alguns pré-requisitos. O bofe precisa entender que ela trabalha bastante e conhecer a diferença entre a Paula dos palcos e a Paula de casa, que usa coque e camisão.
Acho que eles não terão muito problema com isso, né?

Inspiração
Segundo palavras da própria cantora, ela não raciocina na hora de compor, pois, se isto acontecer, a coisa não vai prestar! Explicando melhor, ela disse que o seu processo de criação é muito intuitivo, é algo que surge naturalmente. E citou como exemplo o fato de chegar de madrugada de um show e ainda pegar o violão só porque bateu a inspiração.

Mulherão
Paulinha se diz uma representante da mulher brasileira. Sobre ser menina ou mulherão, a cantora define-se um pouco de tudo. Ora sente-se uma menininha, ora mais sensual. É vaidosa, sim, e feminina como a maior parte das mulheres quer ser.



CONFIRA NA ÍNTEGRA A ENTREVISTA COM A CANTORA

Todas músicas do seu novo CD são inéditas. Umas são novas e outras você resgatou do baú. Porque você decidiu trazer de volta essas músicas?
Paula -
A canção não envelhece, ela tem o seu momento. Algumas canções eu não imaginava gravar tão cedo. É uma coisa intuitiva, tem a ver com a sensibilidade e foi o momento para trazê-las à tona.

Sobre o ensaio fotográfico em que você ousou um pouco mais: de onde veio essa ideia e o que você faz pra manter a sua forma?
Paula -
Eu não fiz esse projeto com o objetivo de vendê-lo, eu fiz porque faz parte do meu momento e eu quero continuar a minha missão. Então, desde a construção dos arranjos até a produção da capa, eu participo de tudo. Eu quis demonstrar o que estou sentido nesse momento. Não é que eu tenha decidido me mostrar ousada. Essa coisa de ter que agradar não me agrada. Fiz as fotos e achei legal. Além do mais, eu estou malhando pra caramba (risos). Particularmente, eu não gosto de mostrar barriga, mas achei a ideia, que partiu de mim, bacana. Foi uma ideia minha e eu tô orgulhosa do projeto.

Seria uma outra imagem que você gostaria de passar?
Paula -
Não, eu tenho todas as imagens. Sou a menina que é mulher, que é romântica, que é apaixonada e que pode ousar com o corpo. Eu sou uma representante da mulher brasileira. Não sou perfeita, mas tenho meus encantos. A mulher tem que manter essa coisa de ser feminina. E eu sou uma mulher como todas as outras.

Sobre os corseletes: você acha que isso te ajuda a ser sensual?
Paula -
A sensualidade não está na roupa, nem a vulgaridade. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu, particularmente, sempre gostei de marcar a cintura. Toda mulher tem seu truque, né? Quando dá vontade de usar eu uso.

Você acha que a beleza atrapalha a sua carreira?
Paula -
A beleza é muito relativa. Nunca fui apegada a isso. Sou uma mulher vaidosa, sempre fui e, como toda mulher, gosto de me cuidar, mas não tenho essa fissura.

De onde você tira inspiração para as suas músicas?
Paula -
É um processo intuitivo. Normalmente eu não raciocino. Quanto mais eu raciocino pior fica. É um processo que simplesmente acontece.

Você sofreu algum tipo de pressão para superar o enorme sucesso de seu álbum anterior?
Paula -
Muita gente me questionou e eu também. E a resposta estava exatamente no que eu sinto. É natural que as pessoas pensem dessa forma e queiram que eu supere a marca de um 1,7 milhão de cópias. Só que a maneira disso acontecer não me preocupa. Reajo de forma natural porque eu pulso com as minhas músicas. Eu não sou obrigada a nada. O que tiver de acontecer vai acontecer.

Você acha que a sua voz e seu jeito de cantar nesse trabalho mudaram em relação aos anteriores?
Paula -
Estou num processo de evolução. A gente tem sempre que buscar melhorar, e eu me cuido muito. Mas não acho que mudou muito, não. Talvez eu esteja um pouco mais solta.

Você acha que o seu sucesso serviu de inspiração para as outras meninas?
Paula -
Nossa, sem dúvida! Inclusive eu recebo composições do Brasil todo. Tanto de meninas quanto de meninos. Eu ouvi todas elas, mas não gravei. Não por não estar bom, mas porque aquilo não estava no meu momento.

Você disse que representa a mulher brasileira. Você acha que a sua música também pode representar o Brasil lá fora?
Paula -
Sem dúvida, as parcerias internacionais apareceram em um momento ímpar da minha carreira. É como a cerejinha do bolo, são canções diferentes que se completam. É um motivo de orgulho e responsabilidade. Essa carreira internacional, se acontecer, será resultado de um trabalho bem sucedido aqui.

Apesar do longo tempo de carreira, seu sucesso nos últimos dois anos foi muito grande. Na sua opinião, a que você atribui esse sucesso tão grande?
Paula -Eu acho que é o fato da minha música ser verdadeira.

As parcerias internacionais e o ritmo mais dançante do Meus Encantos têm a intenção e atingir outro tipo de público?
Paula -Em momento nenhum eu pensei em atingir outro tipo de público. Meus Encantos tem a cara do meu momento, do meu presente. E eu quis preservar essa coisa da balada. Acredito que a música, por ser dançante, não tem que ser vazia. Acho que dá pra ter uma mensagem forte ali. É um grande desafio mesmo, principalmente em um momento em que parece que a música dançante precisa ser vazia e não dizer nada. Eu não concordo com isso.

Se você pudesse definir a Paula menina e a Paula mulher nesse disco, como você o faria?
Paula -
Barco de Papel representa a menina, e Mineirinha Ferveu a mulher.

Fonte: Na ponta da Língua

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