2 de fevereiro de 2011

Musa do rei Roberto Carlos, Paula Fernandes lança DVD



Embora quase uma estrela da televisão há alguns anos, embalando com sua voz alguns dos principais romances das novelas da Globo, foi no Natal da emissora que Paula Fernandes mostrou ao Brasil seu lindo rosto e, com todo respeito, as pernas que fizeram muitos maridos ganharem puxões de orelha em uma noite festiva tão familiar.
O número romântico em dois banquinhos com Roberto Carlos deu o que falar, e a compositora de Sete Lagoas (MG) viu aberta para seu talento uma porta do tamanho da Praia de Copacabana.
"Diante daquela luz eu acendi a minha. Foram só elogios, comentários positivos e boatos saudáveis. Foi 100% de aproveitamento", diz Paula, cujas canções, acordes e vestidos já podem ser desfrutados no CD/DVD Paula Fernandes Ao Vivo (Universal), trabalho de apuro sonoro e visual.
Aos 26 anos, Paula reside em Belo Horizonte mas está "morando na estrada". Assim foi numa vida inteira dedicada ao trabalho, desde que, ainda criança, sustentava a família cantando em rodeios. Carreira onde o amor aflorou principalmente nas canções, algumas com parceiros de longa data como Victor e Leo, presentes no DVD que também tem Almir Sater e Leonardo em Tocando em Frente, da trilha de Araguaia.
"Também tive músicas em América, Páginas da Vida e Paraíso. Por essa eu era encantada, mas foi fazendo sucesso e aumentando meus compromissos. Não ando mais com tempo de ver novela", diz, com a voz que também embalou Quando a Chuva Passar, na abertura da trama Escrito nas Estrelas.
Sobre o encontro com Roberto Carlos, de quem gravou Costumes no DVD, e os tais boatos que a fazem sorrir, Paula aproveita sem se incomodar: "Se coloca um pouquinho no meu lugar. Quem não gostaria de ser a musa do Rei? E de pegar na mão dele no dia 25, dividindo aquele momento de vida? E depois receber elogios de um cara que é um encantador de estrelas...".
Solteira no momento, por "falta de tempo e oportunidade", Paula não reclama. O tal vestido azul e curto, em evidência na televisão pelo imprevisto de cantar sentada (devido à contusão na perna de Roberto), é figurino de quem sabe valorizar os atributos.
"Com qualquer tamanho de vestido eu sempre uso um shortinho. Se alguém viu alguma coisa foi na imaginação. Mas acho que minhas pernas ficaram na história", afirma, rindo.
No palco, são várias trocas de figurino, de vestidos com babados ao shortinho com corselete: "Tenho uma cintura privilegiada, tenho que aproveitar", diz ela, que se divertiu bastante ao ser chamada em reportagens de "Barbie" e "bonequinha de caixa de música" por conta do visual do show: "Achei isso fenomenal".
Com a segurança e tranquilidade de quem gravou o primeiro disco aos 10 anos (um vinil), e passou boa parte da vida tocando por horas seguidas em bares, com os dedos "quase sangrando" para garantir alguns trocados, Paula tem presença de palco. No final do show, aparece de cabelo preso e guitarra vermelha nas mãos para um set de inspiração roqueira. Quando pega no violão durante suas viagens, o repertório vai para bem longe do sertão.
"Amo John Mayer. É um espetáculo, um fenômeno", diz, sobre o cantor americano que flerta com o blues. Sua relação com o instrumento, um diferencial na performance, é assim definida: "Sem meu violão me sinto como se estivesse pelada".
Não apenas um colírio, Paula Fernandes surge para o grande público como brisa, um abrir de janelas na música sertaneja, que hoje significa um balaio de ritmos.

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